Cajuína

Descrição Biocultural

O cajueiro (Anacardium occidentale L.), pertencente à família Anacardiaceae é uma planta nativa, não endêmica do Brasil, com ocorrência nas regiões Norte, Nordeste, Centro-oeste e Sudeste. É uma árvore xerófila, com folhas coriáceas de coloração verde creme e tronco tortuoso. O caju, popularmente conhecido como “fruto” do cajueiro, é formado por uma parte suculenta originada do pedúnculo (pseudofruto) e uma castanha, que constitui o fruto verdadeiro, originada a partir do ovário da flor.
O pedúnculo é rico em ácido ascórbico e tem grande ação antioxidante, enquanto a castanha possui diversos minerais, como ferro, fósforo, magnésio e cálcio, além de vitaminas E, K, B6 e C. A amêndoa apresenta também boa proporção de macronutrientes (gorduras, proteínas e carboidratos).
O caju possui relevante valor social e econômico nos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte respectivamente. O fruto (castanha) e o pedúnculo são aproveitados para o preparo de doces, sucos, polpa ou consumidos in natura, além de despertar interesse das indústrias farmacêutica e química. Atualmente a agroindústria do cajú movimenta US$43,9 milhões todos os anos só em exportação.
A cajuína é uma bebida típica do Nordeste brasileiro e reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Seu processo de produção é realizado a partir do pedúnculo do cajú utilizando técnicas para clarificação do suco que envolvem diversas etapas, como: a seleção dos pedúnculos, lavagem, prensagem, filtração e tratamentos térmicos (aquecimento e resfriamento). A cajuína desta coleção foi adquirida no Mercado Público Municipal de Caramuru em Parnaíba-PI.