Semente de Abóbora Moranga

Descrição Biocultural

Indicação Biocultural: O gênero Cucurbita L. está associado com o homem nas Américas há pelo menos 10.000 anos. Cucurbita maxima Duchesne ex Lam. e as demais espécies componentes do gênero foram selecionadas há muito tempo pelos índios americanos, sendo que, as civilizações Asteca, Inca e Maia foram estruturadas com base num complexo alimentício composto principalmente por abóbora, milho e feijão, o que resultou na importância histórica e cultural dessas espécies.
A abóbora-moranga é uma erva rastejante amplamente cultivada no Brasil, com inúmeras variedades, mas suas formas silvestres ancestrais se encontram no norte da Argentina, Bolívia e Uruguai. O fruto é do tipo baga, com polpa adocicada de coloração variando de amarela à laranja-escuro, possuindo, em média, de 100 a 800 sementes por fruto. A polpa dos frutos imaturos e/ou maduros é empregada tanto na elaboração dos pratos salgados quanto em doces caseiros ou industrializados; além disso, é utilizada na alimentação animal. As sementes representam uma boa fonte de proteína, sendo consumidas secas, frescas e torradas; na forma de aperitivo, óleo ou farinha, que possui elevado teor de fibra alimentar, além de apresentar ação vermicida e antioxidante. As sementes nutritivas e saborosas foram, provavelmente, a principal atração para os primeiros coletores, possibilitando a domesticação dessa planta ao longo do tempo, tornando-se hoje a base alimentar de diversos povos tradicionais.
Ademais, outras partes da planta como as folhas e flores, quando jovens, podem ser consumidas como hortaliças, pois constituem uma excelente fonte de minerais e vitaminas A e C.
A comunidade em questão faz o uso da abóbora-moranga em sua alimentação na forma cozida, tanto separada quanto junta com outros alimentos.