Descrição Biocultural
Indicação Biocultural: As cascas secas da árvore matamatá são extraídas para feitura do cigarro que recebe um preparado de fumo da marca Maratá. As cascas são secas ao sol e cortadas no tamanho que será montado o cigarro, em seguida forma-se um rolo que envolve o fumo, e, sendo adicionado a mais duas camadas de cascas para tornar o rolo mais forte e resistente, também das cascas são retiradas fibras finas para amarrar o cigarro e dar sustentação. Valoriza-se a memória de criação do objeto como um elemento que veio da natureza e faz parte da cultura da aldeia, na qual os pajés, caciques, e todos os homens que participam do ritual Karuara, têm que fazer uso do fumo.
É através da fumaça do petym (tabaco) usado no cigarro Suruí que possibilita o transe dos xamãs. Dominados por estes, são conduzidos até a presença de uma sawara (onça), espírito protetor dos xamãs. O controle dos espíritos Karuara através do ritual xamanístico proporciona a retirada do karema, que pode ser uma coisa ou um “bicho” retirado do corpo do doente, através da sucção, pelo xamã, que o mostra ao paciente.
Nome da planta - objeto - produto
Cigarro Karuara montado
Número de Registro Etno
MFS_000543_etn
Referências
LARAIA, R.de.B. Karuara: uma persistência de uma crença Tupinambá. In Revista Brasileira de Linguística Antropológica, Brasília, v. 1, n. 2, p.190-201, Universidade de Brasília, 2009. Disponível em:. Acesso em: 30 ago. 2021.
Categoria
Ref.Origem
País
Estado
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Local da Obtenção
Matéria prima
Partes Usadas
Família e Nome Científico
Nome Vernacular
Doador
Ano de Entrada
2018