Descrição Biocultural
Indicação Biocultural: O nome maracujá vem do tupi mara kuya, "fruto que se serve" ou "alimento na cuia", e se tornou uma das frutas mais consumidas no Brasil. Conhecida popularmente como maracujá-amarelo ou maracujá-azedo, Passiflora edulis Sims é originária das zonas tropicais da América, sendo nativa do Brasil e presente no Bioma Amazônia. É uma planta trepadeira, lenhosa, vigorosa e de crescimento rápido, podendo atingir até 10m de comprimento. O principal uso do maracujá está na alimentação humana, tanto in natura, quanto na forma de doces, geleia, sorvete, licores, xaropes, pudins, molhos, polpa de maracujá e suco. O fruto, por ser rico em pectina (polissacarídeo), tem aplicação na indústria de alimentos abrangendo produtos como lácteos, polpa de fruta, produtos de panificação, cerveja, entre outros. Pesquisas constataram que todas as partes da planta contêm alcaloides com efeito hipotensivo, antiespasmódico e sedativo, e por esse motivo, o fruto é bem conhecido na medicina popular para melhora da ansiedade, insônia e em casos de irritabilidade, e este efeito deve-se ao componente passiflorina, conhecido como um sedativo natural. A casca é comumente estudada em função do seu poder de diminuir a glicemia e o colesterol LDL sem diminuir o colesterol HDL, atuando como um alimento funcional. A casca do maracujá é composta internamente pelo flavedo (camada de coloração verde à amarela, rica em fibras insolúveis) e o albedo (camada interna branca, rica em fibra solúvel, em especial a pectina). Esta última, também é rica em niacina (vitamina B3), nutriente que atua no crescimento e na produção de hormônios e previne problemas gastrointestinais, anemias; atua no crescimento e fortalecimento dos ossos (cálcio) e na formação celular (fósforo). O fruto é fonte de vitaminas A, C e sais minerais. O chá das folhas tem efeito diurético e trata várias doenças como dor de cabeça e dores abdominais. Na comunidade em questão, as folhas e o suco são empregados como calmante.
Nome da planta - objeto - produto
Maracujá - Exsicata
Número de Registro Etno
MFS_000366_etn
Referências
(Silva, G.C. 96)
SANTOS, Francisca das Graças Nascimento et al. História, uso local e caracterização física e química do maracujá-amarelo (Passiflora edulis fo. flavicarpa o. Degener). 2017.
Nº de Registro de Exsicata
MFS006860
Categoria
País
Estado
Município
Local da Obtenção
Matéria prima
Partes Usadas
Família e Nome Científico
Nome Vernacular
Coletor
Ano de Entrada
2017