Indicação Biocultural: O cipó mariri pertence ao gênero Banisteriopsis , família Malpighiaceae. É nativo da Amazônia e dos Andes e contêm os alcalóides β-carbolinas harmina (HRM), harmalina (HRL) e tetrahidroharmalina (THH). A harmina e a harmalina possuem a capacidade de inibir reversivelmente a enzima monoamino oxidase (MAO). Esta enzima é responsável pela degradação da noradrenalina, serotonina e também a dopamina. O cipó juntamente com o arbusto Psychotria viridis conhecida como Chacrona, fornecem a matéria-prima da produção do chá Ayahuasca. O uso da ayahuasca é parte da cultura ancestral de várias tribos da região amazônica do Brasil, Peru e Bolívia incluindo os Ashaninkas, Kaxinawás, Ticunas e Tucanos. A partir da década de 1930 o chá foi introduzido nos rituais de religiões cristãs no Brasil, se perpetuando até os dias atuais. Na preparação da ayahuasca, o cipó é misturado junto as folhas da chacrona e fervido por três dias.