Descrição Biocultural
Indicação Biocultural: Dipteryx odorata (Aubl.) Forsyth f. é uma espécie arbórea de grande porte, que pode atingir até 30m de altura; nativa do Brasil, mas não endêmica, é originaria das regiões setentrionais do estado Amazonas. O nome científico é proveniente do fato de as folhas se apresentarem pareadas parecendo duas asas, originando o nome Dipteryx, o epíteto odorata se deve ao aroma forte e agradável das cumarinas presentes nos frutos e sementes. Por conta disso, é empregada nas indústrias alimentícias e de perfumaria, como aromatizante de cigarros, medicamentos, sabonetes e substituto da baunilha.
As comunidades tradicionais também fazem o uso do óleo da semente no combate a úlceras bucais, coqueluche, dores de cabeça e das articulações, tuberculose e adenopatia. Os frutos e as sementes também podem ser cozidos para o preparo de remédios que atuam no tratamento de problemas respiratórios e cardíacos, como anestésico, vermífugo e no combate a amebíase.
A coleta das sementes de cumaru é realizada por famílias de agricultores, ficando os homens responsáveis pela coleta dos frutos, e as mulheres e crianças os quebram, utilizando facões ou martelos para a extração da semente. As sementes podem ser vendidas dessa forma, denominada "verde", ou são colocadas para secar, etapa que pode levar de dois a três dias.
No estado do Pará, no município de São Domingos do Araguaia, na Aldeia Yetá - Reserva sororó (etnia suruí aikewara), a semente é macerada e misturada a uma pequena quantidade de água, sendo ingerida pelos indígenas uma pequena porção (colher de sopa) para o tratamento de sintomas de pneumonia, gripe e verminoses. Além disso, a semente é consumida na sua forma pura, incluída na dieta alimentar.
Nome da planta - objeto - produto
Cumaru
Número de Registro Etno
MFS_000682_etn
Referências
Carvalho, C.S.; Lima, H.C.; Cardoso, D.B.O.S. 2020. Dipteryx in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: . Acesso em: 18 out. 2021
Silva, Tadeu & Jardim, Fernando & Silva, Murilo & Shanley, Patricia. (2010). O MERCADO DE AMÊNDOAS DE Dipteryx odorada (CUMARU) NO ESTADO DO PARÁ. FLORESTA. 40. 10.5380/rf.v40i3.18922.
Oleaginosas da Amazônia. 2 ed. Ver. E atual./ Celestino Pesce:. – Belém: Museu Paraense Emilio Goeldi. Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural. 2009
ISMAEL, Julieta Castelo Branco. Caracterização física de frutos e sementes, morfologia da plântula e secagem de semente de cumaru (Dipteryx odorata (AUBL.) Willd.). 2009. Tese de Doutorado. UFRA/MPEG.
SANTOS, Rosa Maria Nascimento dos; et al. Prospecção Tecnológica do Cumaru (Dipteryx odorata) Technological Prospection of Cumaru (Dipteryx odorata). Cadernos de Prospecção 13(4):1103-1121, 2020.
Categoria
Ref.Origem
País
Estado
Município
Local da Obtenção
Matéria prima
Partes Usadas
Família e Nome Científico
Fabaceae - Papilionoideae > Dipteryx odorata (Aubl.) Forsyth f.
Nome Vernacular
Doador
Coletor
Ano de Entrada
2021
Categoria de Uso
Alimentícia | Aromática | Cosmética | Industrial | Medicinal