Indicação Biocultural: A raiz de mandioca (Manihot esculenta Crantz) é cultivada nas mais diversas regiões do Brasil e sua produção é dirigida tanto para consumo direto como para indústria de transformação. A farinha é um dos principais produtos da mandioca e seu uso é muito difundido em todo o país, fazendo parte da refeição diária da maioria dos brasileiros, especialmente das regiões Norte e Nordeste. A farinha seca, amarela e de textura fina, é mais leve e corada. É um alimento de alto valor energético, possui teor elevado de amido, contém fibras e alguns minerais como potássio, cálcio, fósforo, sódio e ferro. A farinha amarela costuma ser mais cara que a farinha branca e essa coloração (mais encontrada nas regiões Norte e Nordeste do Brasil) pode ser natural, devido principalmente ao uso de mandiocas de raízes amarelas ricas em β-caroteno, ou obtida artificialmente pelo uso de corantes. A prática de adicionar corantes à farinha de mandioca é considerada ilegal, mas apesar disso, os corantes vêm sendo incorporados para torná-la mais atrativa ao consumidor. Um exemplo dessa prática é a adição de cúrcuma, corante natural amarelo composto por três pigmentos curcuminoides: a curcumina, a bisdesmetoxicurcumina e a desmetoxicurcumina; ou adição de corantes artificiais como é o caso do amarelo tartrazina. O estudo deste grupo específico de corantes artificiais torna-se imprescindível, devido ao potencial tóxico que pode conferir à saúde humana, como alergias alimentares, hiperatividade em crianças e até câncer.
