Indicação Biocultural: A espécie é uma erva aromática, perene, semi-lenhosa na base, com cerca de 60 cm de altura. É nativa do Brasil, mas não endêmica, com ocorrência confirmada na região Norte. Se dispersou amplamente pelos trópicos devido aos seus amplos usos: planta medicinal, indicada como sedativo e para problemas estomacais, laxantes etc.; na Agri-horticultura é uma ornamental cultivada. Ayapana triplinervis já foi oficializada nas Farmacopeias Francesas e Indiana. No Gabão auxilia como digestivo, estimulante e sudorífico em infusão. Na Índia, é administrada em infusão em pequenas doses como estimulante e tônico, em doses maiores como laxante e em infusão quente como emético e sudorífico. As folhas rendem na destilação a vapor um óleo essencial, cujo constituinte majoritário é o éter dimetílico da timo-hidroquinona, além de conter sesquiterpeno e cumarina.
Esta espécie amazônica é empregada no tratamento de dores, com ação terapêutica cardiotônica, diurética, hemética, laxativa, contra constipação e pneumonia, no tratamento de catarata e congestão, veneno de cobra, acidentes vasculares cerebrais. A presença de metabólitos secundários como alcaloides, compostos fenólicos, terpenóides, lipídios, polissacarídeos e proteínas conferem ampla capacidade fitoterápica a espécie e, portanto, com grande potencial histoquímico e fitoquímico. Costuma-se preparar o banho (por maceração), o chá (por decocção) e o xarope das folhas, para tosse reumatismo, panemeira (Panemeira é a condição que leva uma pessoa ao azar em suas atividades), quebranto, gripe, infecção vaginal e infecção no ovário.
No município de Vigia, quintal da D. Nailza, o banho das folhas é um calmante para o aborrecimento de crianças.
