Descrição Biocultural
Indicação Biocultural: O uso de fibras vegetais para a produção de artefatos no Brasil está associado a culturas indígenas que desenvolveram técnicas de secar, trançar e costurar com vários estilos diferentes. Dentre estes estão os paneiros, cestas e rasas, os quais dependendo de seu uso apresenta formas, traçados e tamanhos variados. Na Amazônia, esse objeto faz parte do cotidiano das populações locais, sendo importante no transporte da mandioca e de outras cargas, servindo para armazenar e embalar diversos produtos vendidos nos mercados e feiras livres como os frutos do açaí e miriti; verduras; carregamento do pescado como peixe e caranguejo. Ademais, em algumas comunidades do estuário paraense, a produção de paneiros, atividade exercida por homens e mulheres, se configura como a principal fonte de renda para os moradores. Muitas espécies são reconhecidas pelo uso de suas fibras na confecção destes objetos, como é o caso do Miriti utilizado pela artesã Venina Baía, cujas partes aproveitadas são as talas, retiradas da parte mais externa do pecíolo e da Envira (folha fechada). Além dos paneiros, cestos e rasas, tais fibras servem ainda para a produção de armações de cordas e trançados em geral.
Nome da planta - objeto - produto
Paneiro de Miriti
Número de Registro Etno
MFS_000736_etn
Referências
SANTOS, R. S.; COELHO-FERREIRA, M. Artefatos de miriti (Mauritia flexuosa L.f.) em Abaetetuba, Pará: da produção à comercialização. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém-PA, v. 6, n. 3, p. 559-571, 2011.
Categoria
País
Estado
Município
Matéria prima
Família e Nome Científico
Doador
Ano de Entrada
2022
Categoria de Uso
Armazenamento | Artesanal | Embalagem | Objeto com fibra | Utensílio