Indicação Biocultural: Indicação Biocultural: Espécie originária da América Central e América do Sul. Há relatos que as populações ameríndias descobriram diferentes modos de uso da pimenta para atender necessidades diversas, como na alimentação, cura de doenças, além da inclusão em cultos sagrados e nos arredores de suas habitações como plantas ornamentais. As pimentas apresentam odores característicos, principalmente nas folhas, devido à presença de óleos essenciais que conferem sabor picante e odor forte. Estudos apontam o emprego do fruto para tratar dor de dente, reumatismo, amebas e vermes, ferrada de arraia, derrame, hemorroida e problemas de parto. Grupos Quilombolas do Amapá conhecem modos de aproveitar as pimentas para aliviar cólicas menstruais e as de crianças ocasionadas por diarreias. Índios Yanomami registraram o emprego da pimenta para tratar infecções respiratórias, oftalmias e malária. Índios colombianos as empregavam no tratamento de picadas de cobras. Povos maias e astecas usavam-nas, misturadas com milho, para cura de resfriados comuns. Também as utilizavam em casos de queimaduras e no tratamento de asmas, tosses e dores de garganta. Em comunidades tradicionais amazônicas o banho/maceração da folha é usado contra mau olhado.
