Rio Negro – Exsicata

Descrição Biocultural

Indicação Biocultural: O taro (Colocasia esculenta (L.) Schott), também conhecido como inhame no centro-sul do Brasil, é uma planta herbácea caracterizada por rizoma tuberoso, originária da Ásia tropical, mas que se disseminou para várias partes de mundo. No Brasil foi introduzida pelos japoneses, no início do século 20, sendo inicialmente cultivada no nordeste com posterior disseminação para as demais regiões do país. Planta bastante utilizada na alimentação na África Ocidental, Índia e na região caribenha, sendo uma boa opção no preparo de sopas, bebidas, biscoitos, pães etc. devido elevado valor energético, alto conteúdo de vitaminas do complexo B, teores elevados de cálcio, fósforo e ferro. As folhas e talos contêm uma substância irritante (oxalato de cálcio) que causa feridas na boca e garganta, sendo seu efeito reduzido após o cozimento. Seus usos tradicionais se estendem a vários países: no Gabão, as raspas do rizoma são aplicadas como cataplasma para tratar picadas de cobra e reumatismo; na República da Maurícia, folhas jovens de taro são comidas para tratar hipertensão arterial, problemas de fígado e eczema; em Madagascar, os rizomas tratam feridas e úlceras. Comunidades de Salvaterra, Pará relacionam o Taro com uso místico: o banho da folha combate mau olhado e arma de caçador. Estudos recentes mostraram que as lectinas encontradas na planta têm potencial inseticida, que auxilia no tratamento contra os vetores da Zica e Chikungunya; além disso, a tarina, uma das lectinas identificadas, é capaz de ajudar na resposta imunológica, estimulando a produção de linfócitos B.